terça-feira, 25 de outubro de 2011

ELOGIO À PREGUIÇA


Já poderíamos estar vivendo numa humanidade plenamente orgiástica se não fosse o capitalismo a nos forçar ao trabalho alienado e a cercar as curtas experiências socialistas. Robótica, socialismo e Evoé...: o retorno de Saturno e do verdadeiro carnaval; da idade do ouro e da humanidade feliz e reconciliada!

Para ouvir as conferências do ciclo de filosofia organizado por Adauto Novaes - 2011, sobre o Elogio à Preguiça ( em especial sobre o direito à preguiça com Marilena Chauí analizando a obra de Paul Lafargue - genro de Marx) http://elogioapreguica.com.br/?page_id=543 
O Direito à Preguica é um panfleto político escrito por Paul Lafargue que polemiza com as visões liberais e a ética protestante - doutrina calvinista da predestinação e à consequente interpretação do êxito material como garantia da graça divina. É uma paródia. Foi publicado no jornal socialista L'Égalité em 1880
À época, em Paris, a jornada de trabalho superavam as 12 horas diárias (por vezes estendendo-se até à 17 horas). Tal coisa ocorria pois seguia-se a doutrina que dizia que o trabalho era algo dignificante e benéfico.
O panfleto é polêmico pois discute um pecado capital, "a preguiça", como direito, escolhido de forma proposital como forma de discutir a dominação através da "religião", assumindo o trabalhador como uma figura ligada a Deus. Contra essa convicção muito difundida por diversos escritores, Lafargue denuncia a "santificação" do trabalho debochando dele como um "dogma desastroso" e elogia a mãe "Deusa Preguiça".

Clique aqui para ler - http://www.culturabrasil.org/direitoapreguica.htm