segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A CAUSA DO WIKILEAKS, SUAS REPERCUSSÕES, E, O QUE TEM REVELADO SOBRE O BRASIL E O RIO DE JANEIRO



O documentário sueco da SVT sobre a causa do Wikileaks - legendado em português em 4 partes - 58 min.




WIKIREBELS - legendado (2010) - PT-BR
(Suécia, 2010, 58 min.) Descubra como o Wikileaks tornou-se um dos principais institutos de defesa pela verdade e pela justiça através dos vazamentos de informações secretas. Instalado nos servidores do Pirate Bay, o site está protegido pelas estritas leis suecas que protegem o direito de expressão. Julian Assange, jovem ativista, que luta pela paz mundial, tornou-se uma das principais dores de cabeça dos EUA. Muitos políticos querem que ele seja preso ou executado, mas o que ele realmente fez de errado foi mostrar os meios imperialistas e desumanos que o país aplica. O Wikileaks faz o papel que a mídia tradicional não faz justamente por esta estar ligada aos interesses políticos dos setores oligárquicos que ditam as regras mundias. (docverdade) Este vídeo, apresentado pela TV estatal sueca (SVT), relata a criação e revela o modo de agir do Wikileaks, esclarecendo em especial como opera sua rede de colaboradores. É permeado por excelentes entrevistas em que o fundador do site, Julian Assange, expõe o que o animou ao projeto. http://www.outraspalavras.net  http://docverdade.blogspot.com/ 


Parte 1/4

 
 
 
Parte 2/4


Parte 3/4


Parte 4/4





Charge de Carlos Latuff sobre a segurança pública no Rio de Janeiro - Por ocasião da ocupação no Complexo de favelas do Alemão


As revelações do Wikileaks põe a nu as intensões do ministério da defesa brasileiro sob o comando do ministro Nelson Jobim, alinhado aos interesses do imperio dos EUA na América Latina e, sobretudo, na américa do sul para forçar políticas contraterrorostas ao governo brasileiro.

Documentos diplomáticos dos Estados Unidos, divulgados pelo site
WikiLeaks nesta terça-feira, mostram que o critério de seleção para
pacificação de comunidades e favelas tomadas pelo narcotráfico no Rio de
Janeiro leva em conta a localização em áreas turísticas da cidade.
Em telegrama enviado a Washington em novembro de 2009, o cônsul geral
dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Dennis Hearne, conta o
Superintendente de Planejamento Operacional do Estado do Rio, o delegado
Roberto Alzir, explicou que a ideia é “priorizar favelas adjacentes a
áreas repletas de turistas”.
Em reunião sobre as operações para o fim do domínio do tráfico, ao
cônsul teria sido explicado que, além do peso estratégico e dos
requisitos pedidos pelo governador Sérgio Cabral, priorizam-se locais
famosos como o bairro de Copacabana, onde há a praia de fama
mundial.” Alzir explicou que o principal objetivo da política de
pacificação de favelas foi priorizar favelas adjacentes a áreas
turísticas concentradas”, disse o telegrama.

Invasão
Em outro documento diplomático, de 22 de setembro de 2009, o cônsul
contava ao Departamento de Estado americano que a intenção das
autoridades no Rio de Janeiro era invadir o Complexo do Alemão no início
de 2010 – e não no fim do ano como acabou ocorrendo.

"O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, José Maiano
Beltrame, disse (...) que essa favela foi o 'epicentro da briga', e
expressou que uma operação pacificadora poderia ter início no local no
início de 2010", disse Hearne, ao exdplicar o ataque do Comando Vermelho
– mesma facção que controlava o Complexo do Alemão – a um helicóptero
da Polícia Militar.

"Dado que qualquer operação policial no Complexo do Alemão poderia
ser 'traumático' em termos de escalada de violência, entretanto, é
improvável que o aparato de segurança do Rio estaria preparado para
lançar uma operação no Complexo do Alemão antes dos feriados de dezembro
ou das festas de Carnaval, em fevereiro", explica o documento
diplomático de 2009.

Em um outro documento ainda, enviado em 25 de setembro de 2009, o
cônsul do Rio diz que Beltrame o Complexo do Alemão como "o principal
alvo". Heaner explicou também que o secretário de Segurança do Rio
havia dito que não era necessário tomar o controle de todas as favelas.
"Beltrame disse que apenas de 10 a 12 favelas, incluindo o Complexo
do Alemão, seriam críticas para o programa. 'Não precisamos tomar 100
favelas. A violência real está concentrada apenas em uma dúzia', ele
explicou".

No mesmo documento, o representante de Washington também comparou o
programa de pacificação de favelas à estratégia de contrainsurgência
utilizada pelos EUA nas guerras do Afeganistão e do Iraque.





DEBATE ABERTO

Wikiliquidação do Império?







DEBATE ABERTO

Jobim: nos tempos de Jango?

“Há todo um mercado de violência e do controle da violência”




Apenas para ilustrar, assista aqui ao video de uma conferência da Vera Malaguti Batista que, é onde ela dá sustentação a esta entrevista: Íntegra: Medo, violência e política de segurança http://www.cpflcultura.com.br/site/2009/12/01/integra-medo-violencia-e-politica-de-seguranca-%E2%80%93-vera-malaguti-batista/


RIO DE JANEIRO É TERRITÓRIO ESTRATÉGICO PARA A SEGURANÇA DOS EUA - (Wikileaks revela locais estratégicos para segurança dos EUA) 

http://operamundi.uol.com.br/noticias/WIKILEAKS+REVELA+LOCAIS+ESTRATEGICOS+PARA+SEGURANCA+DOS+EUA_8045.shtml

Há análises acertadas sobre o que acontece no Rio de Janeiro: Aqui está mais uma: (fonte - http://resistir.info/brasil/guerra_rio_28nov10.html) "A guerra no Rio de Janeiro".
Aqui está uma boa análise do que está atualmente em jogo no Rio de Janeiro.




 

Mas, por debaixo desse pano ainda tem muito o que ser revelado de conexões internas e extrernas ao Rio de janeiro. A midia não está fora e o ministro da defesa Nelson Jobim com o ex- embaixador americano, revalado nos escândalos com as embaixadas americanas, assinou acordo militar que atenta contra a soberania do Brasil para treinamento de nossas tropas pelos EUA. (ações no Haití e Rio de Janeiro) Veja matéria aqui -





Luiz Eduardo Soares dá entrevista sobre a segurança pública no Rio de Janeiro ao RODAVIVA TV Brasil - 


Bloco 1





Bloco 2





Bloco 3





Bloco 4









Nota pública de instituições comunitárias atuantes no bairro do Complexo do Alemão

Para além da ocupação militar: por uma agenda socioambiental para o
território da Serra da Misericórdia e os complexos de comunidades do
Alemão, da Vila Cruzeiro e da Penha


...Diante dos acontecimentos recentes na Vila
Cruzeiro e no Conjunto de Favelas do Alemão - formado por 14 Comunidade e
com população estimada em 400 mil pessoas -, que culminaram na ocupação
desta área por forças policiais do estado e das Forças Armadas, as
Organizações da Sociedade Civil abaixo assinadas, algumas com atuação há
mais de 10 anos nesta região, vêm a público propor e Requerer dos
governos nas esferas Federal, Estadual e Municipal um compromisso efetivo.
São necessários investimentos para tirar do papel um conjunto de
propostas e projetos de caráter socioambiental, cultural e nas áreas de
educação, saúde, mobilidade urbana, saúde ambiental, esportes,
assistência social e segurança pública. Lembrando que muitas destas
propostas já foram objetos de projetos não concretizados ao longo dos
anos, esperamos que a partir de agora possam ser implantadas em
benefício da população e da proteção deste território que historicamente
foi abandonado pelos sucessivos governos e com isso ficou marcado por
décadas pelo seu crônico esvaziamento econômico, pela violência,
degradação urbana e como área de sacrifício ambiental.
Somos o Comitê de Desenvolvimento Local da Serra da Misericórdia,
fruto de uma aliança entre diversas organizações locais já mobilizadas
em torno da defesa da Serra da Misericórdia, movimento social que
conquistou nos anos 90 seu reconhecimento legal como uma Unidade de
Conservação da Natureza reconhecida pelo Decreto Municipal Nº 19.144 de
16 de novembro de 2000 - Área de Proteção Ambiental e de Recuperação
Urbana – APARU da Serra da Misericórdia. Trata-se, portanto, de um
coletivo que agrega, além das instituições do Comitê, moradores das
favelas ocupadas militarmente, entidades comunitárias locais bem como
ativistas e pesquisadores, todos com longa atuação nesta região e
vivência nessas comunidades.
Nosso Objetivo é aprofundar o debate com a sociedade, o poder público e a mídia para além da ocupação militar.

Para isso, queremos, através de uma AGENDA SÓCIO-AMBIENTAL PARA O TERRITÓRIO DA SERRA DA MISERICÓRDIA E OS COMPLEXOS DE COMUNIDADES DO ALEMÃO, DA VILA CRUZEIRO E DA PENHA, apresentar idéias, sugestões, projetos e propostas objetivas e viáveis
que possam colaborar com o desenvolvimento humano e a melhoria das condições socioeconômicas e sanitárias desta região e dos moradores.



Assim, destacamos como prioridades:
1. Reconhecer o quão significativo é a ocupação
do estado em áreas que antes eram dominadas por grupos ligados ao varejo
de drogas não pode significar uma interpretação equivocada do contexto
de violência e ilegalidade da cidade. Resumir a política de segurança
pública a esta ocupação militar ou mesmo creditar às ações dos últimos
dias uma triunfal “derrubada do tráfico” - o midiático dia “D” - apenas
contribui para a criminalização das áreas de favelas e esvaziamento do
debate. Essa interpretação pode gerar uma superficial e limitada cortina
de fumaça sobre as causas reais que levaram a esta grave situação assim
como camuflar as razões históricas que levaram ao abandono deste
território e de sua população que vive há décadas em precárias condições
de vida, e sem acesso a direitos elementares. Consideramos que para
além das manchetes sensacionalistas que buscam induzir a sociedade e,
principalmente, os moradores que vivem nas favelas cariocas a crerem que
com a ação militar do Alemão o problema estaria superado e que nossa
cidade estaria livre do crime de maneira definitiva, é preciso fazer uma
análise profunda para comprovar que isto não se sustenta. A ação de
combate ao varejo de drogas tem seus méritos, no entanto, não se pode
associar toda a violência que assola a cidade apenas ao território das
favelas dominadas pelo tráfico. Diversas variáveis interferem nesse
contexto, muitas delas de amplo conhecimento da população e das
autoridades públicas: corrupção policial, tráfico de armas,
narcotráfico internacional, fortalecimento dos grupos milicianos,
desigualdades sociais, ausência do Estado em grande parte da cidade,
entre outras. É preciso, portanto, ressaltar os avanços presentes nos
fatos dos últimos dias sem deixar de apontar as muitas frentes onde
ainda precisamos atuar.
Além disso, a cobertura da grande mídia e as ações governamentais
que se seguirão devem ter o cuidado de não reforçar estereótipos
históricos e preconceitos sociais associados às favelas, já que os
moradores dessas áreas são sempre os mais atingidos pela violência. No
momento em que o estado se mostra disposto a enfrentar esta realidade é
preciso todo esforço para que não se repitam condições históricas que
acabam por reforçá-la. Por isso, são inaceitáveis e não podem ser visto
como “mal menor”, certos acontecimentos aos quais estão sujeitos hoje os
moradores do Conjunto de Favelas do Alemão, entre os quais destacamos a
falta de energia elétrica; o fechamento das escolas; a entrada violenta
por parte das forças policiais nas residências; o furto de objetos
nestas residências. Esses fatos devem ser profundamente combatidos,
prestando contas à sociedade. Por outro lado, apesar dos casos de
posturas inadequadas de alguns policiais, é importante destacar que as
ações dos últimos dias divergem daquilo que se viu nas últimas duas
décadas no que diz respeito à ação policial, ao menos nas favelas do
Alemão. É notável que a inteligência foi privilegiada em detrimento da
repressão desmedida. Se há relatos de abusos, muitos são também os
relatos que reconhecem uma postura por parte dos policiais da maneira
que se espera deles: com respeito aos direitos dos cidadãos. Não cabe
elogiar aquilo que, na verdade, é a conduta correta das forças que
representam o estado, mas é forçoso destacá-la uma vez que
historicamente não foi esta a realidade experimentada pela comunidade.

2. Esta ação aponta para uma profunda
transformação no cotidiano das favelas do Alemão, por isso, este
coletivo avalia ser necessário aliar uma ampla diversidade de atores
sociais para que ela possa se consolidar. A atuação conjunta entre as
várias forças estatais (tanto no campo da segurança quanto no campo
social), somada à participação dos moradores e das organizações locais
que há anos lutam pela melhoria das condições de vida da região podem
fortalecer este processo, dando-lhe transparência e legitimidade. Esta é
precisamente a razão pela qual as instituições que assinam esta nota
buscam agregar outros atores locais e estabelecer um diálogo amplo e
duradouro com o poder público.
Para isso, propomos a construção coletiva de uma Agenda Propositiva para o Conjunto de Favelas do Alemão.
As instituições que já se envolveram neste debate têm buscado
contribuir nos campos nos quais já acumulam ampla experiência,
principalmente com propostas de projetos nas áreas da cultura,
meio-ambiente, educação e esporte. Destaca-se a longa vivência destas
instituições nas diversas comunidades do Complexo do Alemão, onde há
anos desenvolvem projetos sócio-ambientais, educativos e culturais em
geral sem qualquer apoio dos governos ou da iniciativa privada. Da mesma
forma, é necessária e deve ser urgente, por parte do poder público, a
abertura de canais para o diálogo com as entidades comunitárias locais,
bem como de participação no processo que envolve a Agenda.

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2010

Assinam esta nota:
Comitê de Desenvolvimento Local da Serra da Misericórdia

Instituto Raízes em Movimento -

Verdejar - Proteção Ambiental e Humanismo

Movimento de Integração Social – Éfeta

Oca dos Curumins

Observatório de Favelas

ASSISTA AQUI AO VÍDEO PRODUZIDO PELO MOVIMENTO SÓCIO-ECOLÓGICO DO COMPLEXO DE FAVELAS DO ALEMÃO:


O LAGO É NOSSO